Escrito por: Fessmuc
Somente o voto popular pode definir quais devem ser os rumos do Brasil diante da crise
A resistência do presidente golpista Michel Temer em deixar o cargo após ter sido denunciado pela Procuradoria Geral da República é muito grave. Ele foi flagrado dando aval para “cala boca em Cunha” e autorizando que o deputado Rocha Loures negocie propina em assuntos envolvendo a Petrobras e a JBS. Ao não renunciar, Temer faz o Brasil sangrar, ainda mais diante de um governo completamente reprovado pela população brasileira e com uma agenda política e econômica que retiram direitos da classe trabalhadora.
Temer, no ponto de vista da Federação dos Sindicatos dos Municipais Cutistas do Paraná (Fessmuc), agiu de ma fé e conivência no diálogo travado com o empresário Joesley Batista, dono da JBS. A Temer foram relatadas diversas práticas criminosas como a “compra” de delegados e procuradores da Lava Jato, das quais o presidente não censurou. Mais do que isso, Temer autorizou com um “tem que manter isso” a mesada a Eduardo Cunha, em uma conversa clandestina, uma vez que não existem registros na agenda oficial da presidência da República.
Mais do que isso, para a Fessmuc, Temer sequer devia ter assumido a presidência, uma vez que sua posse é resultado de um golpe para, como relatou o senador Romero Juca, “estancar a sangria”. Por outro lado, desde que assumiu, seu governo é marcado completamente por dois aspectos. O primeiro deles são os casos de corrupção que já derrubaram sete ministros. Aliás, é inconcebível que qualquer político, cidadão ou empresário possa apoiar um governo completamente comprometido com tamanho envolvimento em atos ilícitos. A não ser que existam outros motivos para sustentá-lo. E esses são as reformas da previdência e trabalhista, além da terceirização sem limites. Nesse sentido, ele só não caiu porque prometeu entregar os direitos da classe trabalhadora ao mercado financeiro. Se de um lado quer obrigar os brasileiros a trabalhar 49 anos para obter a aposentadoria integral, de outro, anistia dívidas e concede isenções a setores empresariais para manter-se no poder.
Esse modelo adotado é combatido pela Fessmuc. Por isso, a entidade defende sua imediata renúncia ou impedimento pelos crimes cometidos e a convocação de eleições gerais. Dessa maneira, caberá ao povo definir como serão enfrentadas a crise financeira e de empregos que afetam o país.
Por fim, enquanto não se concretiza a saída de Temer, a Fessmuc convoca suas entidades filiadas e o serviço público municipal como um todo a se unificarem para combater ajustes fiscais locais e impedir a continuidade da tramitação das reformas no Congresso Nacional. É somente a mobilização do povo nas redes sociais e em atos de rua como o #OcupaBrasília no dia 24 de maio que conseguirão retirar o presidente e garantir seus direitos mais fundamentais.