Escrito por: Confetam

Funcionalismo exige a retirada do PLC 257 da pauta do Congresso Nacional

Um bomba prestes a explodir no colo dos trabalhadores. Assim foi definido o PLC 257 pela presidente da Confetam no Dia Nacional de Paralisação

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Manifestações reuniram dezenas de servidores municipais, estaduais e federais

Uma “bomba”. Assim a presidente da Confetam, Vilani Oliveira, qualificou o PLC 257/16 durante o ato público do Dia Nacional de Paralisaçãocontra o Golpe, realizado em frente à Secretaria de Educação de Fortaleza (SEDUC), na manhã desta terça-feira (10). De autoria do Governo Federal, o projeto ataca não só o funcionalismo, como também desestrutura o serviço público de uma forma geral, golpeando diretamente os programas sociais que beneficiam o povo brasileiro.  

“Se aprovado, o PLC 257 será mais nefasto do que as políticas implantadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tiveram um impacto desastroso nas políticas públicas do país”, comparou a presidente da Confetam. “A pressão feita pelos servidores é para que o governo retire da pauta do Congresso Nacional esse famigerado PLC”.

Preocupação majoritária nas falas

A preocupação com o impacto do PLC foi percebida na maioria das falas dos dirigentes sindicais durante a manifestação, que reuniu dezenas de servidores municipais, estaduais e federais no prédio da SEDUC, localizado ao lado da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

“A repercussão do 257 não se restringe à vida do servidor. O projeto reduz o papel do Estado. Portanto, no Dia Nacional de Paralisação, os servidores municipais brasileiros ocuparam as ruas do país não só para dizer que não aceitaremos nenhuma tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito, mas também nenhum golpe contra os direitos dos trabalhadores”, enfatizou Vilani Oliveira.

Taxação das grandes fortunas

Outro ponto de pauta dos protestos, que ocorreram em todos os estados do Brasil, foi a injustiça fiscal do país, caracterizada pela cobrança de altas taxas de impostos dos pobres, a baixa tributação dos ricos e a tolerância com a sonegação fiscal. “A nossa reivindicação é muito clara: que o governo taxe as grandes riquezas, cobrando dos ricos, e não do bolso dos trabalhadores, o pagamento da conta do ajuste fiscal”, afirmou Vilani.

As atividades do Dia Nacional de Paralisação contra o golpe e o PLC 257 foram descentralizadas na Capital do Ceará. Além da manifestação dos servidores públicos, também ocorreram atos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que ocupou rodovias do Estado, e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), na Centro da cidade, onde ocorreram confrontos com a Polícia após a tentativa de desobstruir ruas ocupadas por manifestantes sentados no chão.

Coordenado pela Confetam, Fetamce, Sindiute e do Mova-se, o protesto dos servidores públicos iniciou às 8 horas e foi encerrado no final da manhã, depois de os manifestantes fazerem uma passeata ao redor do prédio da Assembleia Legislativa.