Greve em SP: Confetam/CUT exige que prefeito reconsidere e revogue reforma da previdência
Entidade quer que Bruno Covas reveja a política salarial da prefeitura, garanta aos trabalhadores o direito a reajuste e evite a paralisação geral dos serviços públicos da cidade.
Publicado: 06 Fevereiro, 2019 - 16h28
Escrito por: Redação Confetam/CUT
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal presta integral apoio à Greve Geral Unificada dos servidores públicos municipais de São Paulo, deflagrada na última segunda-feira (04). Os trabalhadores cruzaram os braços pela revogação da reforma da Previdência do Município, que confiscou os salários da categoria ao aumentar o desconto previdenciário de 11% para 14%, e criou um sistema de previdência complementar para servidores com remuneração acima de R$ 5,6 mil (teto do INSS), admitidos após a entrada em vigor da Lei 17.020/18.
Além de confiscar salários, aposentadorias e pensões, a reforma planejada pelo ex-prefeito João Dória, atual governador do Estado, entregará nas mãos da inciativa privada as contribuições previdenciárias dos trabalhadores. “O SampaPrev é a entidade criada para cuidar dessas finanças (contribuições do servidores), que vão para bancos, para a capitalização”, explica o presidente do Sindsep/SP, Sérgio Antiqueira.
Pauta da greve
Chamadas dos concursos públicos realizados e a revisão da atual política de achatamento salarial também estão na pauta dos grevistas. Eles se queixam que, desde 2004, a prefeitura tem implantado reajustes anuais de 0,01%, insuficientes para repor as perdas causadas pela inflação, que fechou em 3,43% na data-base de 1º de janeiro de 2019. Para reverter essa situação, os trabalhadores reivindicam um aumento de 10% para toda a categoria.
A Confetam/CUT convoca as 17 federações estaduais filiadas e os sindicatos de servidores públicos municipais de todo o Brasil a se irmanarem à luta do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep/SP) e de todas as entidades representativas dos trabalhadores da prefeitura, que voltam a protestar em frente ao gabinete do prefeito, nesta quinta-feira (07), após Assembleia Geral Unificada marcada para às 14h.
Solidariedade de classe
"Solidários à Greve Geral Unificada, a Confetam/CUT, as federações e os sindicatos do Ramo dos Municipais exigem que Bruno Covas reconsidere sua posição, revogue a Lei (17.020/18) e reveja a atual política salarial da prefeitura para evitar a paralisação geral dos serviços públicos da cidade. Ao lado de todo o movimento sindical, os servidores municipais de São Paulo seguirão firmes até a vitória!", afirma a presidente da Confetam/CUT, Vilani Oliveira.