Escrito por: ISP

ISP, Confetam e entidades declaram apoio à greve nacional dos petroleiros

A Federação e o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, e o Sindicato dos Municipais de Blumenau (SC) também subscreveram a nota encabeçada pela Internacional de Serviços Públicos (ISP).

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Nós, dirigentes do Comitê Executivo Regional Interamericano (IAMREC) da Internacional de Serviços Públicos (ISP), representando todas as entidades filiadas à ISP no Brasil, manifestamos total apoio e solidariedade à greve nacional dos petroleiros e petroleiras, que entra nesta terça-feira, 18 de fevereiro de 2020, no 17º dia de paralisação em todo o país.

A greve, em defesa da Petrobras, da soberania do Brasil e do povo brasileiro, não poderia ser para nós algo distante. Afinal, somos servidores e servidoras, defendemos as políticas públicas e sentimos na pele os efeitos desse governo neoliberal e privatizador em nosso dia a dia. Nós repudiamos a redução do Estado; pelo contrário: nós queremos mais Estado e investimentos em direitos sociais.

Nossos companheiros e companheiras grevistas seguem resistindo à violenta pressão imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho, que quer sufocar os sindicatos da categoria com penalizações, e à censura da mídia empresarial, que esconde da população as reivindicações e a força do movimento.

A greve foi desencadeada pelo processo ilegal de demissão de mais de 1.000 petroleiros e petroleiras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). Esse é mais um passo no processo de destruição da maior empresa estratégica para o desenvolvimento do povo brasileiro. Um crime iniciado pelo golpista ex-presidente Michel Temer e que segue no governo do presidente Jair Bolsonaro.

A nós, a destruição da Petrobras não interessa de forma alguma, por comprometer o futuro de nossas trabalhadoras e trabalhadores, o futuro de nossos jovens, das pesquisas, por aumentar o custo de vida já alto e se caracterizar num retrocesso ao desenvolvimento do Brasil. Esse desmonte só interessa à concorrência estrangeira e aos inimigos do desenvolvimento soberano do Brasil.

O plano de destruição envolve a entrega dos gasodutos, da distribuidora de combustíveis, da distribuidora de gás, das reservas do Pré-Sal e, com o fechamento da Fafen-PR, entra na etapa de entrega das fábricas e refinarias.

Até o momento a Petrobras reduziu em mais de 20% a produção de combustíveis para importar de refinarias dos Estados Unidos, pagando em dólar pelo que podemos produzir aqui mesmo mais barato.

Portanto, assim como em 1917, quando foram as mulheres que estiveram na linha de frente da primeira greve geral da história do Brasil, em São Paulo (SP), seguimos em marcha apoiando a justa luta das petroleiras e petroleiros grevistas, pela reintegração dos petroleiros e petroleiras demitidos(as) da Fafen-PR e um futuro do Brasil desenvolvido e soberano.

Consideramos também abusiva e inconstitucional a decisão do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho, que no dia 17 de fevereiro declarou a greve ilegal e liberou a Petrobras a aplicar “eventuais sanções disciplinares” aos trabalhadores grevistas”. Ou seja, estes correm risco de sofrerem demissões.

SOMOS TODOS PETROLEIROS E PETROLEIRAS!

Sandro Alex De Oliveira Cezar | CNTSS
Edvaldo Andrade Pitanga | CONDSEF
Ednaldo Martins Silva Oliveira | FENAJUD
Luba Melo | CONFETAM-CUT/FETAM-SP/SINDSEP-SP
Katia Rodrigues Silva | FESSP-ESP
Renata Barbosa Valim | FNU. Geici Maiara Brig -SINTRASEB