Escrito por: Nathan Gomes

Manifestações em mais de 40 cidades do Brasil pedem punição para golpistas

Atos defenderam a democracia, justiça social e direitos da classe trabalhadora

Nessa terça-feira (10), milhares de manifestantes tomaram as ruas em mais de 40 cidades do Brasil nos atos organizados pela CUT e pelos movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, marcando o Dia Internacional dos Direitos Humanos. As manifestações reuniram trabalhadoras e trabalhadores, incluindo do serviço público municipal, além de movimentos sociais e sindicais, em defesa da democracia, contra os ataques às liberdades e aos direitos fundamentais, e para exigir punição aos responsáveis pela tentativa de golpe de Estado.

Os protestos denunciaram a trama golpista revelada pela Polícia Federal, que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares do alto comando do Exército e aliados, incluindo planos de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Os atos reafirmaram que não haverá anistia para crimes contra a democracia.

Além disso, os manifestantes reivindicaram o fim da escala 6x1, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários; a taxação dos mais ricos para combater as desigualdades; a garantia de investimentos em saúde e educação, sem cortes de gastos; a valorização do salário mínimo e das aposentadorias; a rejeição à PEC 164/2012, conhecida como PEC do Estupro, que ameaça os direitos reprodutivos das mulheres; a redução da taxa de juros, que impacta diretamente o custo de vida da população; e o combate ao genocídio da juventude negra e à precarização do trabalho.

“Hoje nós gritamos: sem anistia, sem perdão! Os ataques contra a liberdade e os direitos do povo não ficarão impunes. Nossa luta é por justiça e por um Brasil mais justo, solidário e democrático”, declarou a presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, destacando a força e a importância da mobilização popular para enfrentar as ameaças aos direitos da classe trabalhadora.

Os atos também expressaram repúdio ao arcabouço fiscal anunciado pelo governo federal, que pretende limitar o salário mínimo, impactando negativamente benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). As manifestações demonstraram que a luta por democracia, justiça social e direitos permanece no centro das mobilizações populares, reforçando a importância da união entre sindicatos, movimentos sociais e trabalhadoras e trabalhadores de todo o país.