Escrito por: Nathan Gomes
Nessa quinta-feira (21), a Confetam/CUT promoveu uma plenária online para analisar as implicações da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2135. A decisão flexibiliza o Regime Jurídico Único (RJU), possibilitando a contratação de servidores públicos sob regimes distintos, incluindo celetistas, o que gera debates sobre precarização e impactos nos direitos dos trabalhadores.
O evento contou com a presença de lideranças sindicais, advogados especializados em direito administrativo e constitucional, além de servidores(as) municipais de diversas regiões do país. A plenária destacou as principais preocupações decorrentes da decisão do STF, que atribui efeitos apenas para futuras contratações. Apesar disso, o jurídico da Confetam alerta para os reflexos a longo prazo na estrutura do serviço público.
Principais pontos debatidos:
Durante a plenária, a Confetam reforçou seu compromisso em ampliar a mobilização contra medidas que comprometam os direitos dos servidores(as). "Estamos vendo o aprofundamento de uma política de desmonte do serviço público, e isso exige de nós organização e luta. Precisamos estar atentos aos impactos dessa decisão e preparados para enfrentá-los", afirmou a presidenta da Confetam, Jucélia Vargas.
A plenária também destacou a necessidade de fortalecer os sindicatos municipais para resistir aos efeitos da decisão do STF e garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores(as). Os participantes concordaram em intensificar a articulação com outras entidades sindicais e movimentos sociais.
A decisão do STF ocorre num contexto amplo de mudanças legislativas e econômicas que priorizam a redução do papel do Estado na prestação de serviços públicos. Especialistas alertaram que a flexibilização do RJU é um passo nesse processo, com impactos diretos na qualidade dos serviços prestados à população e na proteção dos direitos dos trabalhadores(as).