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Nível de água do Açude Joana baixa e preocupa moradores

o problema da estiagem também já preocupa os moradores da zona rural do município de Pedro II

Publicado: 17 Outubro, 2013 - 00h00

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O Açude Joana, que abastece cerca de 25 mil habitantes no município de Pedro II, está com pouco mais de seis milhões de metros cúbicos de capacidade de abastecimento, o que corresponde a 60% da capacidade total do açude, segundo dados de monitoramento do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Nos últimos três anos, o pior nível de acúmulo ficou em 50%, isso em fevereiro deste ano. O Atlas Brasil, da Agência Nacional de Águas (ANA), alerta que o sistema de abastecimento urbano de Pedro II necessita de investimentos até o ano 2015. Inaugurado em 1995, o açude tem sofrido desde a sua construção a falta de demarcação da área de preservação ambiental. Por está localizado no lado baixo da zona urbana – à jusante da zona urbana de Pedro II e barra do Rio Corrente – o reservatório também é destino de todos afluentes poluentes e da lavagem pluvial do município.
Com capacidade de acumulo de 10 milhões de metros cúbicos, o sistema de abastecimento está em funcionamento 22 horas por dia. Segundo informações dos funcionários da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí) empresa responsável pela captação, tratamento e distribuição da água para a cidade de Pedro II, o sistema retira 216 mil metros cúbicos de água bruta por hora do açude. O órgão responsável pelo monitoramento loteou terrenos em suas margens sem obedecer a nenhum critério. Outro descaso é resultado dos produtos das plantações realizadas em propriedades próximas, com manejo indiscriminado de agrotóxicos e a realização de queimadas periódicas nos terrenos. É comum também observar a criação de animais de grande porte no local.
Mesmo não dependendo diretamente da água do Açude Joana, o problema da estiagem também já preocupa os moradores da zona rural do município de Pedro II. Algumas comunidades rurais são abastecidas por poços artesianos que são mantidos pela a prefeitura, outras são servidas por olhos d’água e muitas delas apenas por cisternas de placas.
Como os poços apresentam problemas elétricos e os olhos d’água secam na maior parte do ano, as soluções são as tecnologias sociais de cisternas de placas. “Nas comunidades da bacia do Longá, estamos atendendo 70 famílias com essa tecnologia que permite captar e reservar a água da chuva para o período de estiagem”, afirma Hélbio Horácio, coordenador do CERAC (Centro Regional de Assessoria e Capacitação) para as ações do Programa Água Brasil na bacia do Longá.
Fonte: SINDSERM