NOTA DE REPÚDIO À REPRESSÃO NO PANAMÁ E DE SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES
A prisão de líderes sindicais reacendeu as manifestações e escancarou a face autoritária de um governo que repete, agora no comando do país, a violência que já havia marcado sua atuação em 2010.
Publicado: 25 Junho, 2025 - 09h16
Escrito por: Alison Marques

A Confederação dos(as) Trabalhadores(as) no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) manifesta seu mais profundo repúdio à brutal repressão em curso no Panamá, na província de Bocas del Toro, onde o governo decretou estado de emergência para conter protestos legítimos contra a nova reforma da previdência (Lei 462).
O saldo da repressão, até o momento, já é trágico: um jovem de 24 anos foi assassinado, ao menos 192 pessoas foram presas, há denúncias de desaparecimentos forçados, censura, tortura e suspensão de garantias fundamentais como o habeas corpus e o direito à livre organização. A prisão de líderes sindicais reacendeu as manifestações e escancarou a face autoritária de um governo que repete, agora no comando do país, a violência que já havia marcado sua atuação em 2010, durante o protesto contra a “Lei Linguiça”.
A Confetam se solidariza com o povo panamenho e, em especial, com os(as) trabalhadores(as) e movimentos sociais que resistem à retirada de direitos, reafirmando nosso compromisso com a luta internacional em defesa da democracia, das liberdades civis e dos direitos sociais.
Denunciamos a escalada de violência promovida pelo governo de José Raúl Mulino e exigimos o fim imediato da repressão, a liberdade dos(as) presos(as) políticos(as), a apuração das violações cometidas pelas forças de segurança e o restabelecimento das garantias democráticas no país.
Nenhuma reforma pode ser imposta com sangue e violência. Nossa solidariedade ultrapassa fronteiras. Estamos com o povo do Panamá.