A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal - CUT (Confetam-CUT) se solidariza com a deputada estadual de Minas Gerais, Andreia de Jesus (PSOL), que recebeu ameaça de morte devido a um pedido feito por ela para a investigação de uma operação policial ocorrida na cidade de Varginha no último domingo (31). A desastrosa ação culminou na morte de 26 pessoas.
Na versão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que conduziram a ação, o grupo formava uma quadrilha especializada, violenta e bem-armada de roubo a bancos. Andreia, no entanto, afirmou, no último domingo, que recebeu denúncias de que um jovem negro sem envolvimento com o crime teria sido morto na operação. Em uma rede social, Andreia divulgou prints em que é xingada com termos de baixo calão e ameaçada com comentários de ódio e desrespeito. "Você vai ver o que lhe espera. Vamos te matar. Seu fim será igual ao de Marielle. Pra tu ficar de exemplo", dizem as mensagens endereçadas à deputada. A representante também conta que teve perfis invadidos nas redes.
“A Polícia Legislativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais acionou a Polícia Civil, fez um Boletim de Ocorrência e foi recomendada a minha adesão à escolta policial. Demos início a esse procedimento ainda no dia de hoje, devido à gravidade dos fatos. Iremos acionar a polícia civil, na delegacia de crimes virtuais para encaminhamento dos discursos violentos, das ameaças a minha integridade física e contra a minha vida!", descreveu Andreia na rede social.
Nós que fazemos parte da Confetam prestamos solidariedade à parlamentar, que, por exercer seu papel político na solicitação de investigação, teve seu perfil tomado por ameaças. Queremos deixar claro que tal atitude é crime. Solicitamos aos órgãos de segurança de Minas Gerais que as ameaças sejam investigadas e que os criminosos paguem pelos seus atos. A intimidação, o arbítrio e a opressão não vão calar a voz de quem realmente deseja a justiça. Estamos com você, Andreia!