O risco da coleta de selfies e biometria: a nova fronteira dos golpes digitais
O Brasil registrou um aumento de 45% nos crimes digitais em 2024, e metade das vítimas caiu nos golpes.
Publicado: 17 Fevereiro, 2025 - 09h46
Escrito por: Nathan Gomes

O avanço da digitalização e o uso crescente de Inteligência Artificial (IA) têm trazido desafios para a segurança digital, colocando trabalhadores e aposentados em situação de vulnerabilidade diante de golpes sofisticados. O mais recente alerta vem da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que identificou um novo tipo de fraude utilizando selfies como ferramenta para aplicar golpes financeiros.
Quadrilhas têm se aproveitado da falta de familiaridade com tecnologia para enganar vítimas, solicitando selfies como suposta comprovação de identidade para receber benefícios inexistentes. O golpe se torna ainda mais perigoso quando criminosos obtêm informações sensíveis das vítimas e utilizam a autenticação biométrica para realizar transações fraudulentas. O setor sindical, atento a essa ameaça, reforça a necessidade de políticas mais rígidas para proteção de dados e segurança digital no Brasil.
Segundo levantamento da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), o Brasil registrou um aumento de 45% nos crimes digitais em 2024, e metade das vítimas caiu nos golpes.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) reforça a necessidade de que o poder público e as instituições bancárias garantam mecanismos de proteção digital para evitar fraudes. "Além de cobrar dos bancos mais segurança nos meios digitais, é fundamental que os trabalhadores estejam atentos para evitar a exposição de dados pessoais e biométricos", destaca a entidade.
A proteção de dados não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma questão coletiva que precisa ser tratada com seriedade pelo Estado, pelos bancos e pelo setor tecnológico. Evitar acessos suspeitos, não compartilhar dados sensíveis e desconfiar de ofertas ou benefícios inesperados são algumas das formas de se prevenir desses golpes.
Informações do texto de Lilian Milena/Contraf-CUT.