Escrito por: Andre Accarini

Pelo Brasil e pelo povo, CUT, centrais sindicais e frentes populares farão atos Fora Bolsonaro!

No dia 18, movimento sindical fará mobilizações em locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre a realidade do país e, no dia 19, com os movimentos sociais, vai às ruas pelo impeachment!

ARTE: EDSON RIMONATTO/CUT
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A mobilização popular pela recuperação do Brasil, que está sendo devastado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) será reforçada na próxima semana. Com todos os cuidados necessários, como o distanciamento social, uso de álcool em gel e máscaras, os trabalhadores e trabalhadoras estarão mobilizados nos locais de trabalho e, outra vez, vão ocupar as ruas para levantar a voz exigindo o ’fora, Bolsonaro’, única maneira de o país voltar a crescer, salvar vidas, distribuir renda e gerar empregos. Os atos do dia 29 de maio demonstraram a insatisfação e a necessidade urgente de mudança no país.

No próximo dia 18, A CUT e demais centrais sindicais farão as mobilizações nos locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre a realidade do país. E, no dia 19, com os movimentos sociais, vai às ruas pelo ‘fora, Bolsonaro’.

Na sexta-feira da semana que vem (18), os sindicalistas irão aos locais de trabalho dialogar com trabalhadores e trabalhadoras sobre a atual situação do país – de recessão, desemprego, pobreza, fome, inflação e, claro, de uma tragédia social jamais vista, provocada pela má atuação de Bolsonaro frente à pandemia, que levou o país a quase 500 mil mortos por Covid-19.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, explica que a mobilização deste dia tem foco na pauta trabalhista. “Vamos conversar com os trabalhadores, mostrar a eles o que está errado nesse país, o que este governo vem fazendo, e que provoca o desemprego e empobrecimento da população”.

De acordo com Sérgio Nobre, estão organizadas atividades em todo o país já nas primeiras horas do dia, em portas de fábricas e locais de trabalho, todas respeitando protocolos de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus.

“Vamos fazer panfletagens, assembleias, colocar faixas com as nossas lutas mais urgentes como o auxílio emergencial de R$ 600, a luta contra a fome que já atinge quase 20 milhões de pessoas, a carestia, a luta contra as privatizações que vão prejudicar ainda mais os brasileiros, além de exigir vacina já para todos, para salvar vidas”, diz o presidente da CUT.

"Dia 18 faremos um diálogo direto com nossa base – os trabalhadores – sobre essa situação de tragédia que vivemos e o dia 19 será o dia do Fora Bolsonaro nas ruas" - Sérgio Nobre

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“Se queremos um país com mais empregos, com desenvolvimento, sem privatizações, um país em que os trabalhadores tenham direitos, tenham acesso à vacina e ao auxílio emergencial digno, temos que tirar Bolsonaro do poder”, completa o presidente da CUT.

E para reforçar o 'Fora Bolsonaro', a CUT apoia as manifestações que estão sendo organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para o dia 19 de junho, sábado da semana que vem. A CUT é uma das impulsionadoras da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, por fazer parte das Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e do Fórum das centrais sindicais.

Neste dia, movimentos sociais pretendem levar às ruas todas as bandeiras de luta mais urgentes, mas o foco, a bandeira principal, é impeachment do presidente – o “fora, Bolsonaro” -, exigindo que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), paute um dos mais de cem pedidos de afastamento, que estão engavetados no Congresso.

Para este dia, a orientação da CUT é que todos que se sentirem seguros para ir às ruas, que não façam parte de grupos de riscos nem tenham comorbidades, devem se cercar de todos os cuidados necessários, a exemplo do que aconteceu no dia 29 de maio, em que mais de 420 mil trabalhadores em mais de 210 cidades deram um exemplo de proteção à vida nas manifestações, todos usando máscaras, álcool gel e mantendo o máximo possível de distanciamento social.

Ao contrário das manifestações antidemocráticas de apoio a Bolsonaro, convocadas por ele próprio, em que seus seguidores ignoram qualquer medida de segurança – máscara principalmente – e demonstram um enorme desprezo à vida e à dor das cerca de 500 mil famílias que perderam entes queridos na pandemia.

Sérgio Nobre orienta aos trabalhadores que não se sentirem seguros para ir às ruas, que organizem outros tipos de manifestações mais isoladas como panelaços e carreatas. “O povo pode dizer o ‘fora, Bolsonaro’ de várias maneiras, como ir para as redes sociais e se manifestar intensamente, pendurar bandeiras na janela, fazer panelaços, participar de carreatas.”

Mas uma coisa é certa, ele diz. “Se queremos que tenha emprego, que tenha auxílio emergencial, que tenha vacina, que tenha direitos, se queremos que o Brasil seja um pais decente, tem que ser com ‘fora, Bolsonaro’”.

Por isso, o dia 19, Dia Nacional de Mobilização por ‘Fora Bolsonaro’, será uma data igualmente histórica para o Brasil -  mais um dia em que a maioria dos brasileiros mostrará que o país, “com Bolsonaro, não tem futuro”, completa o presidente da CUT.

Recomendações essenciais da CUT para as manifestações:

Cuidados necessários:

Quem não deve participar dos atos:

Pessoas que apresentam sintomas de covid-19 ou que tiveram contato recente com infectados o novo coronavírus, que possuam comorbidades ou que residam com alguém que as possua.

- Antes do ato:

Tomar cuidado redobrado com o transporte público. Evitar meios de transporte sem janela e que tenham muitas pessoas. É imprescindível sair de casa já utilizando máscara, preferencialmente do tipo PFF2 ou N95.

- O que fazer durante o ato:

Manter-se sempre ao ar livre e preferencialmente a uma distância de 1 a 2 metros de outras pessoas.

Retire a máscara apenas para trocá-la caso esteja úmida e neste caso, afastar-se das demais pessoas.

Limpar as mãos frequentemente com álcool em gel 70% e evite tocar mucosas dos olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam devidamente higienizadas.

Não compartilhar objetos de uso pessoal e, se for possível, leve mais de uma máscara PFF2 ou N95 para distribuir para quem não as tem.

- Depois do ato:

Não confraternizar com amigos em bares, nem em casa, após a manifestação. No caminho de volta, são necessários os mesmos cuidados com o transporte público. Retire a máscara ao somente ao chegar em casa.

 

Edição Marize Muniz