Entidade chama categoria a pressionar parlamentares de seus estados contra projeto que pode obrigar as escolas a retornarem às atividades presenciais no auge da pandemia
Tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 5.595/2020 que torna a Educação Básica e o Ensino Superior atividades essenciais. Por trás da proposta está a pressão do empresariado do ensino privado para obrigar as escolas e faculdades a retomarem as aulas presenciais no momento mais crítico da pandemia no Brasil.
Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), o urgente é investir em um ensino seguro! É preservar a saúde e a vida de professores, alunos e toda a comunidade escolar! É garantir Vacina para Todes, como defende a presidenta da entidade, Vilani Oliveira. "Falar em abertura das escolas com aulas presenciais num momento como esse, de auge da pandemia e sem vacina para todes, é apostar na morte das pessoas", critica.
Imunização para toda a comunidade escolar
A dirigente enfatiza que a luta da entidade não é por vacina apenas para os docentes, mas pela garantia da imunização de todo o entorno das escolas. "As escolas não têm só professores, têm merendeira, zeladora, porteiro, vigia, pessoal administrativo. Portanto, não basta só vacinar os professores. Tem de imunizar todos os profissionais da educação, os alunos e os pais", defende.
Professora da rede pública do município cearense de Maracanaú, Vilani lembra ainda que, além da falta de vacinas, também falta estrutura à maioria esmagadora das escolas públicas municipais brasileiras, que não dispõem de condições mínimas de segurança sanitária para o retorno às aulas presencias.
Escolas não oferecem condições exigidas pela OMS
"As escolas municipais não oferecem as condições preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a volta as aulas. Nós, professores, pais e alunos, também estamos ansiosos para retomar às aulas, mas só com a devida segurança porque, acima de tudo, nós defendemos à vida", afirma a presidenta da Confetam/CUT.
Tendo em vista a simpatia de prefeitos ao PL 5.595/2020, o dano potencial do projeto à saúde pública e a possibilidade de a matéria ir à votação nesta terça-feira (20), a Confetam/CUT convoca emergencialmente servidores e servidoras públicas municipais, particularmente os trabalhadores e trabalhadoras da educação, a pressionarem parlamentares de seus estados a se posicionarem contra a proposta!
Essencial é a vida!
Essencial é trabalhar com segurança!
Essencial é investir na Educação!