Escrito por: Raquel Chaves/Assessoria de Comunicação da CUT-CE
Candidatas ao Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa receberam a Plataforma e assumiram o compromisso de defender as propostas das mulheres CUTistas.
Organizado pelo Coletivo Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT-CE, o lançamento da Plataforma das Mulheres CUTistas para as Eleições 2018 ocorreu na tarde desta sexta-feira (24/8), em Fortaleza. A ideia é fomentar o debate e construir compromissos das candidatas e dos candidatos com as mulheres trabalhadoras, incorporando suas demandas em seus programas e propostas de mandatos. A atividade, comandada pela secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-CE e da Confetam/CUT, Ozaneide de Paulo, lotou o auditório da sede da Central no Ceará e contou com a participação da vice-presidenta da CUT Brasil, Carmem Foro, e da secretária nacional de Relações do Trabalho da entidade, Graça Costa.
Na ocasião, candidatas que disputam vagas no Senado e Câmaras Federal e Estadual receberam o documento e assinaram um Termo de Compromisso referente às propostas das mulheres. Presidenta licenciada da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e candidata a deputada estadual, a professora Vilani Oliveira foi uma das que subscreveram a Plataforma. "Esse processo eleitoral tem um diferencial: efetivamente trouxe pra pauta a questão da mulher", destacou.
A ideia da Plataforma, segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-CE e da Confetam/CUT, é também consolidar esse documento na construção da igualdade entre os sexos “em todas as esferas da vida pública e privada”. Ozaneide de Paulo destacou a presença de vários ramos CUTistas na atividade: “Temos aqui hoje reunidas mulheres rurais, bancárias, jornalistas, das telecomunicações, funcionárias públicas estaduais e federais, da educação, dos correios e telégrafos e tantas outras”.
Condições ainda são desiguais
Carmem Foro destacou que a Plataforma das Mulheres da CUT para as Eleições 2018 será lançada em todos os estados brasileiros. O Ceará foi o segundo estado a lançar o documento, depois do Rio de Janeiro. Os próximos lançamentos serão nas capitais do Paraná, Rondônia, Paraíba e Pernambuco. “Nós precisamos dar voz e visibilidade à pauta das mulheres trabalhadoras. É perverso o que está acontecendo. Precisamos compreender que não estamos em condições de igualdade”, avaliou Carmem.
De acordo com a dirigente, a Plataforma também funciona como um instrumento público para fazer esse enfrentamento. “Acredito profundamente na nossa capacidade de organização e com nossa plataforma sendo visibilizada de ponta a ponta nesse país”, enfatizou Carmem Foro, acrescentando que o conjunto de propostas apresenta caminhos para a classe trabalhadora.
Graça Costa, também representando a CUT Brasil, avaliou como “muito importante” esse momento diante da atual conjuntura. “Há um protagonismo da mulher nessa luta de resistência”, disse. Nesse ano de eleições, segundo ela, há três aspectos muito fortes que merecem ser destacados: o estabelecimento, por lei, de 30% dos gastos de campanha dos partidos às campanhas das mulheres, “uma novidade nesse processo eleitoral”; a forte representação feminina nas candidaturas, “que sempre costumou ser muito pequena no Brasil e este ano está se mostrando diferente”; e o processo eleitoral deste ano se apresentando como definidor: “ou a esquerda vence as eleições e dá continuidade a um projeto popular ou perdemos as eleições e aprofundamos a crise e a retirada de direitos”, destacou a dirigente.
Eixos
A Plataforma das Mulheres da CUT para as Eleições 2018 está organizada em quatro eixos: Igualdade e não discriminação no trabalho; A Violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer; Política de cuidados e de responsabilidades domésticas e familiares compartilhadas; e Direitos sexuais e reprodutivos.
(*) A transmissão do lançamento da Plataforma das Mulheres da CUT para as Eleições 2018 foi feita pelo Sindjorce para as Fanpages da CUT-CE e Frente Brasil - Ceará também pode ser ACOMPANHADA AQUI:
Edição Déborah Lima