Por respeito e igualdade: Confetam marca presença no 1º Encontro LGBTQIA+ da FNE

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) está marcando presença no 1º Encontro Sindical LGBTQIA+ da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), que acontece nesta sexta e sábado, em São Paulo. A secretária de Saúde Pública da Confetam, Irene Rodrigues, representa a entidade no evento, reafirmando o compromisso da Confetam com a luta por direitos, respeito e diversidade no serviço público.

Com o tema “Existir e resistir: orgulho, diversidade e unidade de luta!”, o encontro foi construído a partir das plenárias e reuniões de base da FNE, refletindo uma demanda urgente dos trabalhadores da enfermagem por uma atuação sindical mais comprometida com o enfrentamento à discriminação de gênero e à lgbtfobia no ambiente de trabalho e na sociedade.

A presidenta da FNE e coordenadora-geral do Fórum Nacional da Enfermagem, Solange Caetano, destaca a gravidade do cenário enfrentado pela população LGBTQIA+ no Brasil: “A realidade devastadora do preconceito ceifa, diariamente, vidas da comunidade LGBTQIA+. Temos dados preocupantes do Observatório do Grupo Gay da Bahia mostrando que em 2024, 291 pessoas morreram vítimas da lgbtfobia no Brasil, 34 a mais que no ano anterior. É preciso dar um basta nisso!”, declarou.

Essas violências também impactam diretamente os profissionais da saúde. Pesquisas revelam que idosos LGBTQIA+ enfrentam acesso significativamente mais precário aos serviços de saúde, enquanto os índices de depressão entre pessoas LGBTQIA+ são 9 pontos percentuais maiores que na população geral, 37% contra 28%, respectivamente.

Representando a Confetam no evento, Irene Rodrigues levou uma mensagem de acolhimento e afirmação da diversidade. “Não há cura para quem não está doente, por isso a Confetam se junta às diversas entidades presentes na luta por respeito e direitos da enfermagem em sua pluralidade de composição, porque ser diferente todo ser humano é entre si”, destacou.

A participação da Confetam no encontro demonstra, mais uma vez, a centralidade que a entidade atribui à construção de um serviço público inclusivo, democrático e livre de preconceitos. A luta por justiça social passa necessariamente pela defesa da diversidade de gênero, orientação sexual e identidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor público.