Escrito por: Suprema
No 23º dia de greve, os servidores municipais fazem ato em frente ao Fórum, onde ocorrerá audiência de conciliação às 14 horas de hoje.
A greve dos professores de Maracanaú chega a um estado crítico de censura. Na última segunda-feira (23), os professores municipais foram impedidos de entrar na Secretaria de Educação de Maracanaú e ontem, 24 de outubro, barrados na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, ou seja, o slogan de "Casa do Povo" não serve para os trabalhadores da prefeitura.
“Nós fomos humilhados. Nós não somos bandidos. A ordem era: se for professor de Maracanaú não entra na Assembleia. O que é isso? Que tempos são esses que vivemos? Não podemos nem mais reclamar quando não estamos insatisfeitos!”, denuncia a professa Rosário Felix.
Em um verdadeiro ato de repressão, os professores e membros da diretoria do Sindicato Unificado do Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) também foram impossibilitados de acessar o Plenário. Com a intervenção do deputado estadual Tin Gomes, alguns professores tiveram acesso liberado. A categoria buscava apenas visibilidade para a greve da Educação de Maracanaú, que já dura 22 dias.
Uma grande parte de professores que não conseguiram entrar no Plenário ocuparam as galerias para acompanhar a sessão solene em homenagem ao Outubro Rosa, proposta por um conjunto de deputadas. Na ocasião, denunciaram a intransigência do prefeito Firmo Camurça em não atender a pauta dos trabalhadores. Os profissionais traziam faixas nas mãos e na cabeça com a frase "PCCR já". O ato de ontem também buscava o apoio dos deputados.
A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Ceará (Fetamce) foi uma das instituições homenageadas do evento. A presidenta da Fetamce Enedina Soares acompanhou toda a repressão aos professores e faz duras críticas ao comportamento da direção da Casa quando se refere ao povo.
“Ser professor e adentrar na Assembleia Legislativa está cada vez mais difícil. Só este mês já é a segunda vez que passamos por isso. A Assembleia está entrando numa situação que tem medo de gente. E o trato com as pessoas é cada dia pior. Hoje nós fomos barrados em todas as portarias, num espaço que deve ter os portões abertos para nós, o povo”, destaca Enedina Soares, presidenta da Fetamce.
No final do dia de ontem, o Suprema foi notificado de que a audiência de conciliação, marcada para o dia 31 de outubro, foi antecipada para hoje (25), às 14h, no Fórum de Maracanaú. O Sindicato convidou a categoria para acompanhar a audiência, que será seguida de ato público e assembleia geral.