Escrito por: Nathan Gomes

Projeto de Lei busca incluir abordagens femininas nos currículos escolares

O Projeto de Lei 557/2020, que obriga a inclusão de abordagens femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio, deu mais um passo importante em sua tramitação no Senado. Nesta quarta-feira (19), a proposta foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e segue agora para a Comissão de Educação (CE). O projeto também institui a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, uma campanha anual que ocorrerá na segunda semana de março nas escolas de educação básica.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) apoia a iniciativa, pois entende que o projeto contribui para a promoção da igualdade de gênero no ambiente escolar, fortalecendo o papel das mulheres na sociedade. Para a presidenta em exercício da Confetam, Cícera Batista, "a aprovação desse projeto é um passo fundamental para que meninas e meninos cresçam em um ambiente educacional que reconhece a importância das mulheres na construção da nossa história e no desenvolvimento do país".

A proposta, de autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), propõe mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), com a finalidade de resgatar e valorizar as contribuições das mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política. A relatora da matéria, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), destacou a necessidade de combater estereótipos de gênero que associam brilhantismo e genialidade exclusivamente aos homens.

Tabata Amaral defende que a baixa representação de mulheres no mundo científico decorre de preconceitos e estigmas que inibem o acesso a essas áreas. A parlamentar acredita que o projeto vai inspirar meninas a enxergarem seu potencial como futuras cientistas, líderes políticas e profissionais de destaque, enquanto também sensibiliza os meninos para o respeito e a igualdade de gênero.