Quase um milhão votam a favor do PL da Enfermagem na consulta pública do Senado
Projeto de valorização do profissional da Enfermagem foi aprovado por 958.038 dos votantes
Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 03/08/2021 - 14:42 • Última modificação: 03/08/2021 - 14:54 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 03/08/2021 - 14:42 Última modificação: 03/08/2021 - 14:54
CONFETAM/CUT .
Dos 989.660 de internautas que acessaram o portal e-Cidadania do Senado, até a noite desta segunda-feira (2), para responder à consulta pública sobre o Projeto de Lei (PL) nº 2.564/2020, PL da Enfermagem, 958.038 votaram a favor da proposta.
O PL define carga horária máxima de 30 horas semanais e piso salarial em R$ 7.315 para enfermeiros e enfermeiras, R$ 5.120,50 para técnicos e técnicas e R$ 3.657,50 para auxiliares.
A proposta, de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), deve ser analisada pelo Plenário assim que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), colocar na pauta.
Pacheco, assim como os donos de hospitais, gestores de entidades filantrópicas e prefeitos são contrários ao PL alegando falta de recursos para aumentar os salários e contratar mais profissionais.
Contarato entende que não basta chamar profissionais de enfermagem de heróis, se referindo a luta da categoria que está na linha de frente do combate ao novo coronavírus desde março do ano passado. Muitos morreram de Covid-19.
De acordo com o último levantamento do Conselho Federal de Enfermagem, de maio deste ano, desde o início da pandemia, 776 enfermeiros perderam a vida para a Covid-19.
Já a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), contradiz o discurso de falta de dinheiro. Segungo ela, há recursos orçamentários suficientes para cobrir os gastos com o piso salarial e a jornada.
Perfil da categoria
O Brasil tem mais de dois milhões de trabalhadores no setor e a maioria atua nas Prefeituras como enfermeiros, auxiliares técnicos e parteiras. Do total, 89% são mulheres que têm dupla e tripla jornada, ou seja, mais de um emprego, além da jornada doméstica.