Escrito por: Nathan Gomes
Na noite da última sexta-feira (30), o governo enviou ao Congresso o projeto da Lei Orçamentária de 2025, que prevê um salário mínimo de R$ 1.509 no próximo ano. Esse valor representa um aumento de R$ 7 em relação à proposta anterior de R$ 1.502 apresentada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O incremento corresponde a uma alta de 6,87% em relação a 2024, seguindo a nova regra de correção automática do salário mínimo.
Essa regra, reinstaurada em 2023 após ser extinta em 2019, estabelece que o salário mínimo será ajustado conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro de 2024, que é estimado em 3,82%. Além disso, inclui o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que foi de 2,91%.
O valor final do salário mínimo para 2025 pode ser ajustado ainda mais, dependendo da variação do INPC até novembro. O governo se compromete a enviar uma mensagem modificativa ao Congresso no início de dezembro, baseada na inflação acumulada de dezembro de 2023 a novembro de 2024.
Em resposta à proposta, Cícera Batista, presidenta em exercício da Confetam/CUT, criticou a elevação proposta. Ela ressaltou que, considerando as perdas acumuladas e a inflação não repassada aos trabalhadores nos últimos anos, o valor previsto para 2025 é insuficiente. Batista destacou que o salário mínimo de R$ 1.509 está distante da necessidade real, comparando-o com o valor ideal de R$ 6.700 apontado pelo Diese para janeiro de 2024.
Batista também afirmou que, mesmo com o esforço do governo para lidar com a situação econômica herdada da gestão anterior, o aumento proposto não atende adequadamente às necessidades básicas dos trabalhadores e trabalhadoras. Ela pediu uma revisão da proposta para melhor refletir as reais necessidades de sustento das famílias.
O orçamento detalhado será apresentado na próxima segunda-feira (2) em uma coletiva de imprensa no Ministério do Planejamento.
Com informações da Agência Brasil.