Escrito por: Iracema Corso
A denúncia é do Sindicato dos Servidores Públicos de Carira (Sindispuc) que convoca os servidores para Assembleia Geral neste sábado (18). Na pauta, deliberação sobre indicativo de greve.
Não foi fácil fazer festa de fim de ano e ceia de natal no município de Carira, em Sergipe. A Prefeitura Municipal até agora não pagou o salário de dezembro de vigilantes, enfermeiros, auxiliares, assistentes administrativos, entre outras categorias de servidores públicos do município. Além disso, metade dos servidores públicos não recebeu o 13º salário, o que leva os trabalhadores a uma situação drástica e vexatória.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Carira (SINDISPUC), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), está convocando uma assembleia geral para reunir todos os servidores do município e discutir uma solução para este problema que está levando os servidores públicos a uma situação de empobrecimento. A assembleia geral será no próximo sábado, dia 18 de janeiro, às 9h no Colégio Artur Fortes, em Carira. Todos os servidores de Carira estão convocados a participar.
Segundo o presidente do SINDISPUC, Valtenilson Santos, a situação dos servidores de Carira está pior do que se imagina. “Há 10 anos estamos com o salário base de R$ 510. A nossa remuneração é baixa e ainda passamos o constrangimento de trabalhar o mês e não receber o salário. Por isso, a revolta dos servidores é grande. Faremos a assembleia, estamos com indicativo de greve e não vamos aceitar este absurdo que está acontecendo em Carira”, avisou.
Além de não pagar o salário dos servidores, a Prefeitura não está fazendo o devido repasse da contribuição sindical. “Existem ocasiões em que o dinheiro é descontado do salário dos servidores e não é repassado para o sindicato e também enfrentamos o problema de atraso no repasse da contribuição sindical. Já tentamos várias vezes conversar com o prefeito para resolver este problema, mas ele sequer nos recebe”, denunciou o presidente do SINDISPUC.
Valtenilson Santos relatou que o problema no pagamento dos salários se intensificou desde novembro de 2019, quando a Prefeitura teve a conta do município bloqueada pela Receita Federal, devido a dívidas junto ao INSS e à própria Receita. “Isso não é um problema novo, vários acordos de parcelamento foram feitos e refeitos para a Prefeitura sanar sua dívida. “O que a gente percebe é que o prefeito está acomodado com essa desculpa e falta vontade de resolver o problema de forma rápida. Portanto, a única saída é que nós, servidores, possamos nos unir, fazer pressão, ocupar as ruas do município para cobrar nosso direito a uma remuneração digna e ao salário sem atrasos”, afirmou.