Escrito por: Larissa Bastos e Tatianne Brandão
No próximo dia 1º, os trabalhadores vão à Câmara de Vereadores pedir aos parlamentares que aprovem o reajuste retroativo à data-base de janeiro.
Sem acordo com a Prefeitura de Maceió (AL), os servidores públicos municipais decidiram manter a greve, que segue por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (24), durante uma assembleia da categoria no Clube Fênix Alagoana, no bairro do Jaraguá. De lá, eles saíram em caminhada pelo Centro.
Agora, os servidores pretendem procurar a Câmara de Vereadores e pedir que os parlamentares aprovem o reajuste retroativo à data-base, que acontece sempre em janeiro. A proposta foi negada pela administração municipal, que ofereceu 3% de aumento salarial, sendo 2% para o mês de julho e 1% para outubro, tudo sem retroativo.
A Prefeitura disse que encaminharia dessa forma o projeto de reajuste à Casa. "Vamos falar com os vereadores, primeiro porque existe uma data-base e, se a Câmara aprovar a mensagem do prefeito, que seja aprovado com a data-base que foram eles mesmo que aprovaram", ressalta o presidente do Sindicato dos Servidores do Município (Sindspref), Sidney Lopes.
Caso os parlamentares não atendam ao pedido, os dirigentes sindicais prometem se voltar também contra eles. "Caso os vereadores não façam isso, a gente vai colocar os nomes deles para divulgar para os servidores, porque eles estão traindo os servidores", acrescenta o presidente.
A visita à Câmara de Vereadores deve acontecer no dia 1º de agosto e, antes disso, o movimento grevista realiza neste domingo (29) um ato na rua fechada, na orla de Ponta Verde. O objetivo é chamar a atenção da população maceioense para a situação do funcionalismo público.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo reclamou da falta de diálogo com a administração municipal. "A categoria decidiu por manter a greve pelo desrespeito do prefeito aos servidores quando nos chama de vândalos, diz que nossa luta é uma piada. Nossas perdas salariais são tamanhas, então esse desmerecimento aumenta a resistência do movimento".
Além do Sindspref e do Sinteal, também participaram a assembleia os Sindicatos dos Assistentes Sociais (Saseal), dos Enfermeiros (Sineal) e dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social (Sindprev).