Escrito por: Confetam
Jornada Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia, agendada para esta terça-feira (09/08), ocorrerá no mesmo dia da votação do impeachment no Senado e do PLP 257 na Câmara
Caravanas de servidores públicos municipais de todo o Brasil estão desembarcando em Brasília para participar da Jornada Nacional de Mobilização contra o Golpe e em Defesa da Democracia, marcada para às 9 horas desta terça-feira (09/08), no Congresso Nacional. Além de protestar contra o PLP 257, que desmantela o serviço público brasileiro, e outros projetos que retiram direitos trabalhistas e sociais, os trabalhadores também se manifestarão contra a aprovação do parecer da Comissão Especial do Senado que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A sessão de votação do parecer do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB/MG), está prevista para iniciar no mesmo horário da manifestação e deve levar pelo menos dois dias para ser concluída. Com o tempo estabelecido em 30 minutos, Anastasia será o primeiro a falar, seguido pelos senadores inscritos, cada um com direito a 10 minutos cada – a Casa tem 81 parlamentares. Depois será a vez da acusação e da defesa, que somarão juntas mais uma hora – 30 minutos para cada parte.
Sessão deve durar 30 horas
Somente depois da discussão no Plenário, que deve levar cerca de 30 horas, é que será iniciada a votação. Os senadores decidirão sobre a relevância das provas apresentadas, se elas configuram crime de responsabilidade e se há motivos concretos para impedir Dilma Rousseff de concluir o mandato para o qual foi eleita com mais de 54 milhões de votos.
Se o Senado entender que Dilma deve ser julgada, inicia-se então a última fase do impeachment, que precisa da anuência de dois terços dos 81 senadores para ser aprovado. Na ponta do lápis, são necessários 54 votos para destituir a primeira mulher eleita presidente da República na história do Brasil.
Dilma é inocente, afirma defesa
Advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo alega que a presidente não cometeu nenhum crime de responsabilidade e que o processo do impeachment tem vícios de origem, já que seria resultado de uma retaliação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pelo fato de o partido do governo – o PT – não o ter defendido no processo de cassação do mandato dele na Comissão de Ética do Senado.
“Além de protestarmos contra o PLP 257, a entrega do pré-sal para a iniciativa privada e todo o pacote de maldades do governo Temeroso contra a classe trabalhadora, nosso foco será dizer NÃO ao golpe e assumir a defesa intransigente da democracia, a principal vítima deste processo ilegal de impeachment”, afirma a presidente da Confederação dos Trabalhadores no Servidores Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira.