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Simsep convoca comerciantes de Tabuleiro a fecharem as portas na Greve Geral

"Vamos mostrar ao mundo que aqui tem um povo que não aceita retrocesso", diz convocatória.

Publicado: 07 Junho, 2019 - 15h24

Escrito por: Déborah Lima

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tabuleiro do Norte (Simsep) está convocando todos os comerciantes da cidade a fecharem as portas durante uma hora, na próxima sexta (14), data da Greve Geral da classe trabalhadora contra a reforma da previdência. Em nota pública, o Simsep apresenta estudos da Contag/Dieese que comprovam a importância da Previdência Social para a economia do município.

O estudo mostra, por exemplo, que mais de R$ 106 milhões circularam no comércio local no ano de 2018, contra R$ 17,3 milhões repassados à prefeitura pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), quantia seis vezes inferior aos valores previdenciários injetados na economia da cidade no ano passado. 

Reforma quebra a economia dos municípios

"Com a reforma da previdência proposta pelo atual governo (capitalização), num espaço curto de tempo esses valores deixarão de circular nos municípios, causando uma quebradeira nos comércios e nos municípios pequenos do nosso país", adverte a nota, dirigida também a donos de oficinas e prestadores de serviços em geral. 

"Essa reforma do jeito que está sendo proposta, só beneficia os banqueiros e os grandes empresários internacionais que sugam o PIB (Produto Interno Bruto) do nosso país. Vocês comerciantes também serão prejudicados se essa reforma passar. Diante disso, queremos que se juntem a nós trabalhadores na Greve Geral", conclama a nota.

Juntos, comerciantes e comerciários de braços cruzados

A proposta do Simsep é que os comerciantes baixem as portas durante uma hora, entre 9 e 10h, se postem junto com os funcionários em frente ao estabelecimento, façam uma foto desse momento histórico de unidade entre trabalhadores e patrões, e publiquem as imagens nas redes sociais. 

"Vamos mostrar para o Brasil e o mundo que aqui em Tabuleiro do Norte - CE tem um povo que não aceita retrocesso e que é contra esse pacote de maldades do governo Bolsonaro", conclui a nota, subscrita pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Ceará (Fetamce), CUT, Fetraece, Contag, Straaf Tabuleiro, Fetraf/Sintraf, Apeoc e Sindsifce.

Além do comércio, as escolas municipais e estaduais, e o Instituto Federal do Ceará (IFCE) também não funcionarão. Trabalhadores, professores e estudantes se encontrarão nas ruas para barrar a reforma da previdência do desgoverno Bolsonaro.