Escrito por: Iracema Corso
Os municipais de Canindé de São Francisco também exigiram que a prefeitura cumpra a lei 121/2016, que determina o reajuste anual dos salários.
Os servidores públicos municipais de Canindé de São Francisco (SE) ocuparam a Praça Ananias Fernandes, na manhã desta quarta-feira (29), para protestar contra o corte do salário de trabalhadores da educação que participaram da última greve e exigir o cumprimento da lei municipal 121/2016, que prevê reajuste salarial anual para ser pago a partir do mês de fevereiro.
Em paralisação de advertência, a quarta-feira de luta (29/8) reuniu trabalhadores na praça, mas ao longo da manhã os manifestantes ocuparam o Clube Altemar Dutra, onde acontecia um evento da Prefeitura. Os manifestantes carregavam faixas de protesto que diziam “Prefeito, pague meu salário! Respeite as leis municipais”.
Na saída do evento, o prefeito Ednaldo da Farmácia foi questionado pelos sindicalistas sobre o corte do salário dos trabalhadores da educação, e respondeu que vai marcar uma reunião com o sindicato e a assessoria jurídica para discutir o assunto.
Numa transmissão ao vivo através da FanPage do SINDISERVE CANINDÉ, o presidente do sindicato Emanoel do Aleixo explicou a situação dos servidores para a população que transitava pelas ruas: “O salário do mês de dezembro de 2017 estava atrasado, por isso fizemos greve. Agora estamos paralisados porque a Prefeitura cortou o salário dos trabalhadores da educação e além disso não cumpre a lei municipal 121/2016 que estipula o reajuste salarial a cada ano, no dia 1º de fevereiro. No começo do ano encaminhamos uma proposta e até agora a gestão municipal não respondeu. A gestão nos informou que no dia 27 de julho era a data final para eles apresentarem a proposta, mas hoje, no dia 29 de agosto, ainda não temos nenhuma resposta. O preço do gás aumenta, o preço da farinha, da gasolina, tudo aumenta em Canindé menos o salário dos servidores públicos municipais”, protestou, ressaltando que servidores da Câmara de Vereadores já estão recebendo o reajuste salarial deste ano enquanto os servidores da Prefeitura ainda não receberam sequer a contra proposta da Prefeitura.
O presidente do SINDISERVE CANINDÉ também cobrou que a Câmara de Vereadores cumpra o seu papel de fiscalizar o devido exercício da lei. “O que está acontecendo em Canindé do São Francisco? Só este ano já tivemos salário atrasado, salário cortado, o não pagamento de titulação, adicional noturno, férias, tudo isso foi instituído por lei. Se o prefeito não cumpre as leis, a Câmara de Vereadores têm que fiscalizar. O dinheiro do trabalhador não pode ser retido indevidamente. A gestão municipal precisa devolver o dinheiro dos trabalhadores e acabar com esta conversa de corte de salário porque é grave o que está acontecendo em Canindé”, denunciou.