MENU

Trabalhadores permanecerão nas ruas para pressionar Senado contra o impeachment

Em nota divulgada na madrugada desta segunda-feira (18), a CUT repudia aprovação do golpe.

Publicado: 18 Abril, 2016 - 14h18

Escrito por: CUT Brasil

Paulo Pinto
notice
No Anhangabaú (SP), manifestantes se mantiveram mobilização até o último voto

Este 17 de abril entrará para a história da nação brasileira como o dia da vergonha. Uma maioria circunstancial de uma Câmara de Deputados manchada pela corrupção ousou autorizar o impeachment de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade!

As forças sociais e políticas que alimentaram essa farsa – entidades empresariais, políticos como Eduardo Cunha, réu no STF por crime de corrupção, partidos derrotados nas urnas como o PSDB, interesses exteriores ao Brasil interessados em pilhar nossas riquezas e privatizar empresas como a Petrobras e entregar o Pré-sal para as multinacionais – com a ajuda de uma mídia golpista como a Rede Globo e com a cobertura de uma operação jurídico-policial voltada para atacar determinados partidos e lideranças e não outros, tem o objetivo de liquidar direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro.

Por isso a CUT conclama os trabalhadores e trabalhadoras, os seus parceiros da Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, a não sairmos das ruas e continuarmos o combate contra o golpe através de todas as formas de mobilização e com pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF.

A luta continua contra o golpe tramado para derrubar uma presidente eleita, contra a democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade.

Empenhada em abrir uma saída positiva para a crise em que o país está mergulhado, a CUT desde já afirma que não reconhecerá legitimidade num eventual governo Temer que fosse fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment.

Não reconhecerá e lutará contra tal governo ilegítimo, combaterá cada uma das medidas que ele vier a adotar contra nossos empregos e salários, contra nossos direitos sociais e trabalhistas duramente conquistados e em defesa da democracia, da soberania popular e da soberania nacional.

Não nos deixaremos intimidar pelo voto majoritário de uma Câmara recheada de corruptos comprovados, cujo chefe, Eduardo Cunha, é réu no STF e ainda assim comandou a farsa do impeachment de Dilma, e continuaremos na luta até reverter o golpe em curso e restabelecer a plena democracia em nosso país, o que passa por uma profunda reforma do sistema político atual, verdadeira forma de combater efetivamente a corrupção.

A luta continua!

Central Única dos Trabalhadores